segunda-feira, 12 de setembro de 2016

De encontro com o abismo


Não permita que isso acabe com o que há de lindo em você!
Essa melodia triste, que chora ao seu ouvido
É mesma de todas as vezes, que te acolhe e te conforta
Transcreve em som o que faz o coração desejar parar de bater.

Nunca foi fácil, muda a cada instante
Cada mês que passa
Parece irreal
Essas palavras, esse momento

Parece poema, mas de poema não há nada (realidade)
Só há poesia, encontro e desencontro
Alma que ama e deixa de amar
Como é infinito esse mar que nos habita

Até que distância você já foi capaz de percorrer quando deixou de sentir o chão sob os pés?
O quanto de oxigênio você já guardou dentro de si quando percebeu que seria o último suspiro?
Quão forte seus olhos já se fecharam quando a realidade diante dos seu olhar era cruel?
Quando? Quantas vezes?

Mas sabe de uma coisa? O coração ainda bombeia o sangue do teu corpo
O tempo não para, não te espera, nunca disse que esperaria
Apenas é, apenas existe
E passa.